Taxi no Peru - Odeio!

Se você acompanha o meu blog vai concordar comigo que dificilmente eu falo mal ou reclamo de alguma coisa daqui, isso ao fato de que o Peru é minha casa atualmente, e é muito feio "cuspir no prato que a gente come". Valorizo muito a veracidade das informações publicadas aqui, por isso, peço que você não tome este post como uma reclamação, mas simplesmente minha opinião sincera sobre o tema.

Andar de taxi... algo que eu sempre considerei coisa de gente rica, sempre andei de ônibus, metrô, bicicleta, carona, mas não me lembro de alguma vez ter andado de taxi, exceto de familiares (mas isso não conta). E confesso que não pensei que esse meio de trasporte sería parte da minha vida.

Quando cheguei em Lima, percebi algumas coisas sobre taxis:

1. Podem ser de qualquer cor: achei estranho, porque tem de tudo. A foto deste texto é um bom exemplo. Tem novo, velho, caindo aos pedaços. Super diversificado. Mas, como identificar um taxi? Se você estiver parado na rua eles te "chamam". Alguns tem uma plaquinha luminosa, outros colam um adesivo verde no vidro e tem os que não sinalizam, mas estacionam ao seu lado e dizem: Taxi?
2. Não tem taxímetro: Essa é a parte mais interessante, aqui no Peru, antes de entrar num taxi de rua você tem que falar pra onde vai, daí o motorista pensa se quer te levar ou não, daí ele te fala quanto será, normalmente eles sobem um ou dois soles pra que você possa negociar. Ele fala 10, você fala "não, oito" e se ele acha que deve aceita, ou a negociação seguirá até decidir. Se um dos dois lados aceita a oferta, parabéns, você vai chegar no seu destino. Do contrário, você terá que esperar outro taxi, que possivelmente estará atrás do primeiro esperando vocês negociarem.
3. Não é profissão: Não tem sindicato, nem nada similar, não é reconhecido como profissão. Normalmente uma pessoa tem um carro, fica desempregada e decide "taxear" (se você conhece a realidade e discorda de mim, e existe alguma lei que prove que estou errada, fico feliz que escreva nos comentários). Em alguns casos, a pessoa trabalha e faz um bico de taxista.
4. Nada de ponto de taxi: Como comentei no começo, quer um taxi? Fica em pé na calçada, eles vem até você. É óbvio que esse ponto não pode ser generalizado para todo o Peru, mas na maioria dos lugares é assim.
5. Pode ser coletivo: Em alguns lugares existem taxis que fazem rotas fixas, e que só saem quando todos os lugares estiverem ocupados, mas nesse caso não dá pra negociar o preço.

Nesse tempo aqui no Peru eu andei muuuuito de taxi, mas odeio negociar, então a minha tática no começo era aceitar sempre o preço do taxista, maaas você ja pode imaginar que começou a faltar dinheiro. Então aprendi outro método, ele fala o preço e eu falo sim ou não, e não é não, e espero outro. É sempre bom perguntar para amigos peruanos o preço médio daí você não vai ser enganado.

Com sotaque estrangeiro é complicado, porque eles se aproveitam, por isso é com saber bem a rota, o preço e outras dicas que você tem que estar aqui pra aprender.

A salvação pra mim foi a chegada da empresa Uber, porque a proposta da empresa é que não se trata de taxi, mas de um chofer particular. O preço em Uber as vezes é mais barato que em taxi de rua. Além disso, com a chegada da Uber, mais centenas de empresas começaram a prestar serviços similares.

Se você já está com a viagem marcada pra cá, prepare-se pra andar muito de taxi, o preço é relativamente baixo e muito mais confortável que ir de ônibus.

Um abraço!